Nas pesquisas eleitorais para Governador de São Paulo, Rodrigo Garcia aparece em terceiro lugar, correndo o risco de ficar de fora do segundo turno, segundo o IPEC Haddad tem 36%, Tarcísio, 21%, Rodrigo, 14%, então para tentar reverter esses 7 pontos em cima do Tarcísio, Garcia vai utilizar de todas as armas, inclusive abrindo concurso público 9 anos depois do último que teve.

O concurso público para nomeação de Professores já foi autorizado e terá 15 mil vagas efetivas, o Governador vai tentar atrair votos de Professores, além de ser um eleitorado grande, é a classe que mais está desapontada com o Governo PSDB, e a gestão tem completa noção disso, chegando a ponto de abrir concurso público indo totalmente contra o viés PSDEBISTA que priora a terceirização do setor público.

O último concurso público para Professores foi em 2013. Em 2018, o então governador Márcio França (PSB) chegou a autorizar um concurso, mas, em 2019, João Doria (PSDB) suspendeu a autorização.

Acredito que mesmo com a abertura desse concurso o prestígio do PSDB frente aos profissionais da Educação não retorna, são vários anos de descaso com a pasta e é notório o total abandono, prédios deteriorados, escolas sem Professores, muitos contratados e poucos efetivados. Tudo isso só contribui para a rejeição do atual Governador, e finalmente o PSDB está recebendo a resposta na intenção de votos.
São 28 anos de PSDB no Governo do Estado de São Paulo, e parece que realmente chegou a hora de trocar. Particularmente acho que uma gestão não deve ficar mais que 8 anos no poder, é preciso mudar, ninguém ganha com um único partido, seja de esquerda ou de direita 30 anos, 40 anos no poder. Isso pode acabar virando uma ditadura disfarçada de democracia. O próprio partido político se acomoda e não investe em mais nada no Estado, sabendo ele que vai ganhar de qualquer jeito.
Se o partido do PSDB estivesse realmente preocupado com a Educação de São Paulo teria feito esse concurso em 2017, no mesmo ano de vencimento do último certame, agora esperar 9 anos não é preocupação e nem prioridade, é uma tentativa de angariar votos nesta reta final.